Aos 77 anos, morre Gal Costa, um dos símbolos da MPB

Written by on 9 de novembro de 2022

A cantora e compositora brasileira Gal Costa, morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista e a causa da morte é desconhecida. A artista é um dos símbolos da MPB.

A cantora era uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último fim de semana, mas teve sua participação cancelada de última hora. De acordo com sua equipe, ela precisava se recuperar após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita e ficaria fora dos palcos até o final de novembro, seguindo recomendações médicas. Em setembro, Gal faria um show na Bienal de Artes de Belém, na Aldeia Cabana, mas o show foi cancelado. Sua assessoria informou na época que Gal não poderia se apresentar na capital paraense por “motivos de força maior”. Ela foi substituída pela cantora Simone.

A cirurgia ocorreu em setembro, pouco após sua apresentação em outro festival de música em São Paulo, o Coala. De lá para cá, ela não havia voltado aos shows, mas já tinha datas da turnê As Várias Pontas de uma Estrela marcadas para dezembro e janeiro.

 











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VIDA E OBRA DA CANTORA

Nascida em Salvador, na Bahia, no dia 26 de setembro de 1945, Maria das Graças Penna Burgos, conhecida como Gal Costa, é filha de Arnaldo Burgos e Mariah Costa Penna, tendo ficado órfã de pai aos 14 anos de idade.

Segundo relatos de sua mãe, durante a gravidez, enquanto aguardava o nascimento de Gal, ela passava horas concentrada ouvindo música clássica, como em um ritual.

A intenção da mãe de Gal Costa era de que esse procedimento, de alguma forma, influenciasse na gestação, fazendo com que a criança que estava para nascer fosse uma pessoa musical.

 











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Em sua juventude, Gal Costa se tornou amiga das irmãs Sandra e Andreia Gadelha (Dedé Gadelha), que viriam a ser esposas no futuro de Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente.

Foi por meio de Dedé Gadelha que ela conheceu Caetano Veloso, em 1963, iniciando uma grande amizade e profunda admiração mútua entre ambos.

No ano seguinte, ela participou do show “Nós, Por Exemplo”, ao lado de Caetano, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé, na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador.

Em 1965, Gal Costa se mudou para o Rio de Janeiro, onde lançou o seu primeiro disco, gravado ao lado de Caetano Veloso. O trabalho é um compacto com as músicas “Sim, Foi Você”, de Caetano, e “Eu Vim da Bahia”, de Gilberto Gil. No ano seguinte, ela participou do I Festival Internacional da Canção, interpretando a música “Minha Senhora”, de Gilberto Gil e Torquato Neto.

Em 1969, a cantora lançou o primeiro disco solo, intitulado “Gal Costa”, marcado pela fase tropicalista, em que absorveu influências do canto rasgado de Janis Joplin e da “psicodelia” de Jimi Hendrix.

Ao longo das décadas seguintes, Gal Costa se distancia do repertório roqueiro e alcança a consagração como intérprete de MPB, sendo aclamada popularmente e disputada para parcerias, por renomados compositores e artistas.


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