Anderson Leonardo: entenda a doença do cantor do Molejo
Written by on 15 de outubro de 2022
No dia 13 de outubro, o cantor Anderson Leonardo, vocalista do grupo de pagode Molejo, comunicou que foi diagnosticado com câncer. O anúncio foi feito por meio de uma nota nas redes sociais do próprio músico e da banda.
Segundo o cantor, ele foi diagnosticado com tumor primário oculto, um câncer cuja origem é desconhecida.
O câncer pode ter surgido no pulmão ou nas mamas, mas nem sempre os médicos conseguem descobrir a origem. Quando isso acontece, a doença é descrita como tumor primário oculto.
Anderson Leonardo do Molejo é diagnosticado com câncer
“Nos casos dos tumores de sítio primário oculto nós não sabemos de onde esse tumor se originou e, por isso, geralmente ele é descoberto de forma tardia, muitas vezes quando a neoplasia já está avançada”, explica Rodrigo Nascimento Pinheiro, cirurgião oncológico e vice-presidente da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica).
Sintomas e diagnóstico
Pinheiro explica que, na maioria dos casos, esse tipo de câncer é diagnosticado quando os tumores já saíram de seu local de origem (sítio primário) e invadiram tecidos ou órgãos vizinhos ou até distantes – processo conhecido como metástase.
Enquanto a dor no peito e a tosse com expectoração com sangue são índices característicos do câncer de pulmão, por exemplo, o médico explica que o tumor primário oculto não apresenta sintomas específicos.
Segundo o médico, os indícios dependem do local onde o câncer teve origem, que pode ser qualquer órgão do corpo, o que dificulta o diagnóstico.
Juliana Paes assume namorada e posta foto apaixonada
Como funciona o tratamento:
A partir da biópsia e de testes mais extensos em laboratório, em alguns casos é possível encontrar indícios do local de origem do tumor. Se isso acontecer, a doença é renomeada e tratada conforme o sítio primário.
Na maioria dos casos, porém, como os médicos não sabem onde o tumor surgiu, o tratamento é feito à base de vários quimioterápicos diferentes, segundo o oncologista.
“São utilizados quimioterápicos associados justamente para aumentar as chances de respostas e de tratamento específico”, explica Pinheiro. Dependendo do caso, segundo ele, o tratamento também pode envolver cirurgias, radioterapia ou terapia hormonal.