Alta temperatura requer ainda mais cuidado com os pets
Written by on 4 de julho de 2023
As altas temperaturas exigem mais atenção dos tutores para garantir a saúde e o bem-estar dos pets. Os maiores perigos para os animais domésticos durante esta estação são queimadura dos coxins (“almofadinhas” das patas), desidratação, viroses, leptospirose, alergias sazonais, parasitas e hipertermia.
Ainda que os passeios pareçam ser sempre boas pedidas, as altas temperaturas podem ser prejudiciais para os animais, conforme alerta o médico veterinário e professor Jurupytan Viana da Silva. “O ideal é não sair com os pets em dias muito quentes, mas, caso seja necessário, é recomendado que os passeios sejam em locais frescos, à sombra e bem cedo, antes das 8h, quando o sol está mais fraco, ou à noitinha, evitando assim o calor excessivo que pode levar o animal à hipertermia (aumento da temperatura corporal). Além disso, também é importante checar a temperatura do chão que seu pet está caminhando, principalmente do asfalto”.
O veterinário destaca também a importância de manter os animais hidratados nessa estação. “É necessário manter os pets em local fresco e com água à disposição, para que fiquem hidratados. Pois a água ajuda muito na diminuição da temperatura corporal. Durante os passeios levar uma garrafinha de água e vasilha para servir o animal sempre que possível”, afirma.
Jurupytan também chama a atenção com o cuidado com a alimentação dos animais. “No calor o metabolismo dos pets fica mais lento e eles gastam menos energia. Com isso, a fome também diminui. É recomendado alimentar o animal de forma mais leve e variada de acordo com as instruções do médico veterinário. Esse profissional saberá qual o melhor tipo de alimentação para cada raça específica, já que a ração tem uma grande porcentagem de gordura e demora mais a ingestão”.
No verão não há problema em realizar a tosa higiênica, diz o veterinário. “Cada raça possui um padrão de pelagem, os animais que têm pelos longos podem sentir ainda mais calor, por isso os pelos podem ser mantidos mais curtos no verão por meio das tosas. Mas isso não deve ser feito nas raças que têm subpelo, caso do malamute, husky siberiano, chow-chow, akita e spitz. A melhor forma de fazer isso é buscar orientação veterinária e levar seu cachorro em um banho e tosa de confiança”, aconselha.
Diferente dos humanos, os pets não transpiram, mas conseguem controlar a temperatura do corpo através do sistema respiratório. No caso dos cães braquicefálicos, a região nasal é mais encurtada, o que torna mais difícil a respiração e o processo adequado de troca de calor.
“Os cães braquicefálicos, por possuírem o focinho achatado, o processo de respiração é comprometido. Esses animais precisam ter um cuidado redobrado com o calor, como é o caso do shih zu, bulldog francês, bulldog e do pug. Manter a hidratação deles sempre em dia, alimentação leve, evitar saídas em horário de pico (calor intenso) e manter sempre o local arejado, se o seu apartamento ou casa ficam muito quentes com as altas temperaturas, coloque sempre ventilador para refrescar o ambiente ou um aparelho de ar condicionado”, diz.
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