Sobreviventes de naufrágio prestam depoimento na Fluvial
Written by on 8 de setembro de 2022
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sobreviventes do naufrágio da embarcação Dona Lourdes II, que afundou na manhã desta quinta-feira (8), prestaram depoimento como
testemunha sobre o ocorrido.
As famílias dos
sobreviventes estiveram na Delegacia Fluvial, na noite de hoje, para
acompanhar os procedimentos na Polícia Civil. Eles prestaram depoimentos para auxiliar no esclarecimento do que
teria de fato causado o acidente.
Entre os
passageiros que compareceram na delegacia estavam as irmãs Nazaré e Norma. Elas
viajavam com a mãe e com uma criança de quatro anos. A criança foi
resgatada por um pescador de Ponta de Pedras, mas a mãe delas não conseguiu
sobreviver.
O NAUFRÁGIO
Ao todo, 82
pessoas estavam na embarcação Dona Lourdes 2, que saiu da Ilha do Marajó rumo à
capital do estado. Ela naufragou próximo à ilha de Cotijuba, distrito de Belém,
na manhã desta quinta (8).
De acordo
com o governo estadual, o barco pertence à empresa de Meire Ferreira de Souza
e, no momento do acidente, era conduzido pelo filho dela, Marcos de Souza Oliveira, 34. A reportagem não conseguiu localizar a defesa deles.
A embarcação
teria começado a naufragar por volta das 7h30, quando diversos passageiros
passaram a entrar em contato com familiares para relatar que a casa de máquinas
estava submergindo.
Conforme
relatos coletados pela Secretaria de Segurança, a embarcação ficou cerca de uma
hora sendo tomada pela água, mas a tripulação afirmou que não havia motivo para
preocupação, pois outro baco sendo encaminhado para que os passageiros fossem
transferidos. Além disso, teriam recebido a informação de que não precisavam
colocar colete salva-vidas.
Por volta
das 10h, o barco teria começado a afundar e, cerca de meia hora depois,
iniciou-se o resgate. Diversos ribeirinhos da região utilizaram barcos próprios
para levar os passageiros até a faixa de areia das praias da Saudade, Vai Quem
Quer, Praia Funda e Praia do Amor.
De acordo
com a Segup, ainda há 8 pessoas desaparecidas. 63 passageiros sobreviveram ao
naufrágio.
O governo do
Estado montou duas carretas na área do grupamento fluvial para atender as
famílias das vítimas e sobreviventes com emissão de documentos e serviço de
saúde.
A defesa
civil prestou auxílio aos familiares das vítimas.