Descoberta inédita revela desova rara de tartarugas no Marajó

Written by on 12 de julho de 2025

Uma expedição técnica realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) em Araraquara, comunidade do município de Soure, no Arquipélago do Marajó, identificou um fenômeno até então inédito no estado: a presença simultânea de desovas de tartarugas marinhas e de tartarugas-da-amazônia, espécie de água doce. O levantamento biológico visa reforçar a importância da região como berçário natural e destacar a urgência de ações coordenadas para a conservação dessas espécies ameaçadas.

A área visitada pela equipe do Ideflor-Bio é uma das mais preservadas do litoral do Marajó, com praias de difícil acesso e elevada biodiversidade.  “Estamos diante de um fenômeno único no Pará, o que torna ainda mais urgente a definição de áreas prioritárias para a conservação dos quelônios”, explica Crisomar Lobato, diretor de Gestão da Biodiversidade do instituto.

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Durante a expedição, os técnicos percorreram trechos isolados da costa e registraram sinais recentes de desova, além de indícios de predação de ninhos e tartarugas adultas, ameaças que comprometem a sobrevivência das espécies. Também foram mapeadas as áreas com maior incidência de ninhos para subsidiar futuras ações de proteção.

A bióloga do Ideflor-Bio, Priscila Fonseca, destacou a importância do levantamento. “Precisamos garantir que essas espécies tenham condições mínimas para cumprir seus ciclos reprodutivos. O levantamento é apenas o primeiro passo para a construção de um plano de manejo integrado e eficaz”, disse.

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Com os dados coletados, o instituto vai iniciar a definição das áreas prioritárias para fiscalização, educação ambiental e inclusão da comunidade local nas estratégias de conservação. A ação tem como objetivo reforçar a importância do Marajó não apenas como um território ambientalmente sensível, mas também como espaço fundamental para a preservação da biodiversidade amazônica.

“A conservação dos quelônios vai além da proteção de uma espécie; ela envolve toda uma rede ecológica e cultural que precisa ser respeitada e fortalecida”, concluiu Crisomar Lobato.


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