Como proteger o seu pet durante o verão? Veja algumas dicas

O verão chegou e, com ele, o calor intenso, que pede mais atenção e cuidado dos tutores para manter a saúde e o bem-estar dos animais de estimação, especialmente na nossa região amazônica. Assim como nós, os pets também sentem os efeitos do clima calorento.

Durante esta época do ano, os pets enfrentam alguns riscos importantes. Entre eles, estão queimaduras nas almofadinhas das patas (coxins), desidratação, doenças causadas por vírus, alergias sazonais, parasitas e também a hipertermia, que é o superaquecimento do corpo.

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Embora passear ao ar livre pareça uma boa ideia nos dias de sol, as altas temperaturas podem fazer mal aos animais, como explica o médico-veterinário e cirurgião Luís Arthur Almeida. Ele recomenda que, se possível, deve-se evitar levar seu pet para passear em dias muito quentes. Se for necessário, prefira locais fresquinhos, com sombra, e faça passeios antes das 10h ou após as 16h, para evitar o calor forte que pode causar hipertermia, ou seja, aumento excessivo da temperatura do corpo do animal. “Também é importante ficar atento à temperatura do chão por onde seu pet vai caminhar, especialmente o asfalto”, alerta.

O veterinário reforça que, nesta época do ano, é fundamental manter os animais bem hidratados. Ele explica que é importante deixá-los em um lugar fresco e sempre com água disponível, pois isso ajuda a diminuir a temperatura do corpo deles. “Durante os passeios, é recomendável levar uma garrafinha de água e uma vasilha para oferecer ao pet sempre que possível. Depois dos passeios, uma boa ideia é dar frutas congeladas, como melão e melancia, que ajudam a controlar o calor corporal deles”, indica.

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Braquicefálicos

No caso dos cães e gatos braquicefálicos, eles acabam sofrendo ainda mais com o calor. Exemplos desses animais são o pug, o buldogue (seja francês ou inglês), o american bully, o shih-tzu e o gato persa, que podem sentir mais os efeitos de temperaturas elevadas.

Luís explica que esses pets com focinho mais achatado têm uma região do nariz mais curta, o que torna a respiração mais difícil e prejudica a troca de calor do corpo. Por causa do focinho achatado, a respiração desses animais fica comprometida. Por isso, é fundamental tomar alguns cuidados extras quando está quente: manter a hidratação sempre em dia, oferecer uma alimentação leve, evitar passeios nos horários mais quentes do dia e garantir que eles tenham um ambiente bem ventilado.

Embora não seja algo muito comum, a variação genética nos animais de quatro patas faz com que os donos de pets albinos também precisem redobrar os cuidados durante o calor. Além disso, o câncer de pele é uma preocupação importante para esses bichinhos.

Segundo o veterinário, cães e gatos com pele bem clara ou rosada, quando expostos ao sol, podem desenvolver um tipo de tumor chamado sarcoma, que geralmente aparece nas áreas sem pelos.

“Os mais afetados são os animais albinos, gatos brancos, ou aqueles que, mesmo não sendo totalmente brancos, têm partes do focinho, orelhas, ao redor dos olhos ou a barriga despigmentadas. Esses animais não devem tomar banho de sol, e se a exposição for inevitável, é recomendado usar um protetor solar nessas áreas”, diz.

Check-up

O especialista recomenda que, antes de viajar com seu pet, é importante levá-lo ao veterinário para realizar um check-up completo. “Assim, dá para verificar a saúde dele, atualizar as vacinas e aplicar os antiparasitários, como carrapaticidas. Sempre tenha à mão a carteirinha de vacinação do seu animal, com as vacinas em dia, pois ela é um documento importante. Além disso, é fundamental manter seu pet sempre vermifugado”, aconselha.

“Outro cuidado importante é que antes de ir à praia é necessário pensar na prevenção da dirofilariose, conhecida como “verme do coração “. Essa doença é uma zoonose, ou seja, pode passar para os seres humanos, e tem uma taxa de mortalidade alta. Ela é causada por um verme (um parasita chamado nematódeo) que se instala no coração dos animais. Embora atinja principalmente os cães, os gatos também podem contrair essa enfermidade. A dirofilariose é bastante comum nas áreas litorâneas, pois o ambiente favorece a proliferação dos mosquitos que transmitem essa doença”, acrescenta.

Almeida recomenda ficar atento a sinais de desconforto, como ofegar demais, salivar bastante, sentir fraqueza, ficar muito cansado ou notar mudanças no comportamento do seu pet. “Se você suspeitar de insolação, o melhor é procurar um veterinário o quanto antes”, finaliza.

PARA ENTENDER

Cuidados com os pets no verão

• Mantenha a água sempre fresquinha;
• Ao passear, evite os horários quentes;
• Passeie antes das 8h e após às 16h;
• Checar a temperatura do chão antes de colocar o pet;
• Utilize meios alternativos para refrescar o seu pet;
• Não deixe a ração exposta ao sol.