Congelar alimentos é mesmo uma boa? Entenda

Os alimentos congelados são uma alternativa para aqueles que desejam economizar tempo na cozinha. Muitas pessoas optam por preparar suas refeições com antecedência e guardá-las no congelador, tornando a rotina mais simples. Contudo, é comum surgirem questionamentos sobre o impacto desse método no valor nutricional dos alimentos. A nutricionista Lívia Martins, especialista em clínica e saúde materno-infantil, esclarece algumas dessas dúvidas.

Conforme Lívia, a perda de nutrientes no congelamento depende do tipo de alimento e da técnica de armazenamento empregada. Martins ressalta que o congelamento é o método de conservação mais seguro e eficiente para preservar os alimentos, desde que realizado adequadamente. “A legislação sanitária estabelece que a temperatura deve ser de -18°C ou menos para os alimentos congelados; manter essa temperatura assegura uma boa conservação”, pontua.

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A nutricionista sugere que vegetais pré-cozidos, como cenoura, batata e brócolis, além de grãos, sejam congelados. Frutas como banana, manga e uva, junto com seus sucos, também são apropriadas para o congelamento, assim como carnes bovina, suína e de aves, seus derivados, peixes, frutos do mar, produtos de panificação e confeitaria, incluindo pães e bolos, além de refeições prontas para consumo.

Segundo Lívia, os alimentos que contêm maior quantidade de água não são ideais para o congelamento. “Vegetais com alto teor hídrico, como alface, pepino, agrião e rúcula, bem como frutas como tomate, melancia, abacaxi e pêssego, geralmente perdem nutrientes, textura e sabor”, enfatiza Lívia.

Martins comenta sobre os prazos de validade dos alimentos: “Todos os tipos de alimentos possuem um prazo de validade específico. As carnes, em geral, podem ser armazenadas congeladas por um período que varia de 3 a 12 meses, enquanto as carnes cozidas têm uma durabilidade de até 3 meses. No que diz respeito às hortaliças, seu prazo vai de 6 a 12 meses. Frutas têm um prazo semelhante, de 6 a 12 meses, e bolos e pães podem ser consumidos em até 3 meses”, explica.

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A nutricionista Lívia Martins explica como congelar alimentos corretamente. “Cozinhe adequadamente os alimentos antes de congelar para preservar sabor e textura, resfrie rapidamente em pequenas porções, branqueie vegetais antes de congelar para evitar perda de nutrientes, utilize recipientes livres de BPA, de preferência de vidro para melhor conservação e segurança, evite descongelar e congelar novamente para manter a qualidade, armazene porções individuais para facilitar o consumo diário, identifique os potes com a data de congelamento”, aconselha.

Lívia ainda ressalta que congelar refeições caseiras pode ser uma ótima opção para aqueles que desejam praticidade, sem comprometer a qualidade nutricional, especialmente no que diz respeito à alimentação de bebês. “Congelar marmitas é uma maneira eficaz de poupar tempo e assegurar comidas saudáveis. Ter controle sobre os ingredientes e o método de preparo torna essa opção ainda mais benéfica, principalmente para os pequenos, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças com menos de 2 anos evitem alimentos com altos níveis de sal, açúcar e gorduras trans”, diz a nutricionista.

Ao falar sobre o descongelamento, a nutricionista ressalta que seguir o procedimento correto é crucial para manter a qualidade dos alimentos, preservando suas características originais o mais intactas possível. “O ideal é armazenar os alimentos congelados nas prateleiras inferiores da geladeira, preferencialmente descongelando-os de um dia para o outro”, explica Martins.

Para os pratos já preparados, ela sugere que o descongelamento pode ser feito diretamente no micro-ondas ou até que a comida atinja uma temperatura adequada para o consumo. É importante lembrar de usar um recipiente apropriado para esse eletrodoméstico. “Nunca se esqueça que alimentos que já foram descongelados não devem ser congelados novamente, para garantir a qualidade e evitar o risco de consumo de alimentos contaminados”, finaliza.