Casos de dengue têm redução de mais de 80% em Belém 

Written by on 11 de março de 2025

De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, causadas por vírus transmitidos por artrópodes, ou seja, animais invertebrados de corpo segmentado, como o conhecido mosquito Aedes aegypti.

Constantemente combatida, os dados da doença apresentaram uma redução significativa em Belém, como aponta levantamento do ministério. Nos primeiros dois meses de 2025, a capital paraense registrou uma queda de 82,8% nos casos confirmados de dengue, em comparação ao mesmo período de 2024.

Leia também

Em janeiro e fevereiro, apenas 182 casos foram diagnosticados na cidade, contra 1.048 casos registrados 12 meses antes.

Medidas intensificadas de prevenção

O planejamento antecipado e as ações de combate têm sido fundamentais para evitar o avanço da doença, principalmente no período vivido pelos belenenses, chamado de “inverno amazônico” por conta das intensas chuvas, que podem aumentar o acúmulo de água parada.

Entre as ações frequentes estão as visitas diárias às residências, com vistorias detalhadas em possíveis locais de proliferação do mosquito, além de mutirões nos bairros com maior número de notificações de casos de dengue.

Quer ler mais notícias do Pará e do mundo? Acesse o canal do DOL no WhatsApp!

Até o momento, os bairros com mais casos da doença em 2025 foram Jurunas, Marco e Telégrafo, enquanto em 2024 os bairros mais afetados foram Guamá, Pedreira e Terra Firme.

Plano de combate as arboviroses para 2026

Apesar dos números promissores, a Prefeitura de Belém já se prepara para intensificar o combate à dengue no período de chuvas em 2026, com a implementação das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), uma tecnologia inovadora desenvolvida pelo Núcleo de Patógenos, Reservatórios e Vetores na Amazônia (PReV Amazônia) do Laboratório Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA) da Fiocruz Amazônia.

A tecnologia, que tem como objetivo ampliar o controle da proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, será apresentada em Belém nesta quarta-feira (12) por uma equipe da Fiocruz Amazônia, que realizará uma demonstração da técnica.

As Estações Disseminadoras de Larvicidas utilizam a fêmea do mosquito Aedes aegypti como aliada na dispersão de larvicida. A tecnologia é composta por uma armadilha que atrai as fêmeas para depositar seus ovos.

Quando as fêmeas pousam na armadilha, elas se impregnam com o larvicida, e, ao visitarem outros criadouros, acabam contaminando outros focos, o que impede o desenvolvimento das larvas e pupas. Essa estratégia tem mostrado resultados comprovados em 14 cidades brasileiras e será expandida para Belém como uma das medidas para reduzir a infestação do mosquito e, consequentemente, o avanço das doenças.

Ampliando a cobertura vacinal contra a Febre Amarela

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) reforça também a importância de aumentar a cobertura vacinal contra a febre amarela, pois, apesar da febre amarela urbana ter sido erradicada, a febre amarela silvestre ainda representa risco em algumas regiões.

A Sesma alerta que trabalhadores de áreas rurais e pessoas que viajam para regiões de risco precisam estar vacinados. Atualmente, a cobertura vacinal contra a febre amarela em Belém está em 54,4%, e todas as salas de vacinação do município estão abastecidas com o imunizante.


Faixa atual

Título

Artista

AO VIVO!

Show da Madrugada

01:00 06:00

AO VIVO!

Show da Madrugada

01:00 06:00