Nome sujo? Aprenda o que priorizar na hora de quitar dívidas

Written by on 17 de janeiro de 2025

Em novembro de 2024, o endividamento de famílias brasileiras subiu levemente, atingindo 77% do total, comparado a 76,6% no mesmo período de 2023. Já o número de famílias inadimplentes chegou a 29% em dezembro do ano passado. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).

A CNC ainda aponta que endividamento por cartões de crédito e financiamentos pessoais continuam sendo as principais fontes de dívida, seguidos de empréstimos pessoais e financeiros e financiamentos de veículos e imóveis.

Vários fatores podem levar ao endividamento, explicou Laís Lima, economista e educadora financeira. O primeiro e principal é a falta de educação financeira, fazendo com que as pessoas não saibam conceitos básicos sobre finanças e acabam ficando propensas a tomar decisões ruins nesta área da vida.

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“As famílias não têm o hábito pela organização financeira, sobre o quanto pode gastar e o que não pode e essas atitudes acabam levando ao endividamento. Outro fator é o uso excessivo do crédito e isso está ligado à educação financeira, não temos a cultura de entender e conhecer a nossa relação com o dinheiro”, comentou.

Pontuando ainda sobre o uso do cartão de crédito, Laís Lima também desaconselhou o empréstimo do cartão para terceiros, uma vez que o compromisso é nominal e intransferível. “É um risco muito grande que nós não recomendamos por conta da titularidade, o cartão está no seu nome e caso a pessoa não honre com o compromisso, não há como recorrer”.

Por último, a alteração dos preços dos produtos também deve ser acompanhada pelos consumidores, afirmou a economista. Segundo ela, esse hábito contribui para ter controle do que pode afetar o orçamento da família para não atingir o endividamento.

Para se livrar de dívidas pendentes, o empréstimo seria o último recurso a ser pensado por conta do juros e aquisição de uma nova dívida. A educadora financeira comenta que o correto é fazer um levantamento das dívidas com maior consumo, como energia elétrica e outras contas fixas da casa. Logo após, é necessário verificar as dívidas com maior juros.

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“Assim, comece pagando as menores dívidas, porque é mais fácil de quitar e livrar-se delas. O empréstimo só deve ser utilizado quando houver um risco muito grande, como perder o carro ou o imóvel. Mas deve ser muito bem pensado, se está dentro do orçamento”, destacou.

Laís Lima completou que a organização financeira funciona como qualquer outro relacionamento. “Quanto mais aproximado, mais difícil perder o controle e você evita endividamentos e inadimplência”.

Saiba mais

O percentual de consumidores que se consideram muito endividados também é o menor desde 2021, cerca de 15,2%. No entanto, a inadimplência segue em alta e 29,4% das famílias reportam dívidas em atraso, atingindo o maior patamar desde outubro de 2023. Ainda segundo a pesquisa, 12,9% dos consumidores afirmam não ter condições de quitar as dívidas.

As dificuldades financeiras ficam ainda mais evidentes entre as famílias com renda de até 3 salários mínimos. De acordo com o levantamento, entre este grupo o endividamento aumentou para 81,1%, o maior índice entre todas as faixas. Essas famílias também registraram o maior percentual de inadimplência, com 37,5% relatando dívidas em atraso, e 18,5% afirmando não ter condições de quitar os débitos.


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