Candidato a prefeito de Santarém é acusado de facilitar fuga

Publicado em 25 de outubro de 2024

A equipe de jornalismo do DOL teve acesso a documentos da Polícia Civil e do Poder Judiciário que trazem à tona a trajetória criminosa de César Masaywki Bezerra Sakaki, conhecido como “Japonês”, e revelam detalhes de uma sindicância que envolve Juscelino Kubitschek, o JK do Povão, atual candidato a prefeito de Santarém.

Segundo os documentos, que você pode baixar e ler na íntegra no final desta matéria, Juscelino confessou ter deixado um cadeado aberto, facilitando a fuga de Sakaki da prisão. Na época, Juscelino trabalhava no sistema prisional e admitiu ter sido negligente ao não verificar a porta dos fundos da cadeia, acreditando que tudo estava devidamente trancado. Para a facilitação da fuga, até mesmo uma corda feita com lençóis, conhecida como “Tereza”, foi vista na cena do crime à época.




Uma sindicância administrativa foi aberta para investigar o caso, e Juscelino assumiu sua responsabilidade, admitindo o erro. O relatório foi claro ao apontar sua culpa, mas como Juscelino já havia deixado o cargo no sistema prisional, o caso foi arquivado, sem que houvessem punições administrativas. Esse episódio, agora, é revisitado em meio à sua campanha eleitoral, levantando questionamentos sobre sua conduta e responsabilidade.



A Crueldade do Japonês: fuga violenta e crimes sexuais

César Sakaki, o “Japonês”, acumulava três condenações que somavam 27 anos de prisão antes de sua fuga. Conhecido pela extrema violência que agia, Sakaki se reuniu com sua quadrilha após escapar da cadeia e retomou suas ações criminosas. A primeira vítima após a fuga foi a família de Marlisson Augusto Almeida de Oliveira e Lideliza Brito Pereira. Sob forte coerção, Sakaki e sua quadrilha amarraram Marlisson e ameaçaram estuprar a esposa dele, a filha de apenas 3 anos, e a enteada de 10 anos. Esse padrão de terror e ameaça sexual era uma das táticas de intimidação mais brutais da quadrilha.

Utilizando uma arma de fogo, Sakaki mantinha as vítimas sob constante ameaça de morte, garantindo a obediência. O modus operandi da quadrilha era marcado por uma violência psicológica e física extrema, causando um trauma profundo nas vítimas. Além dos abusos, Sakaki e seus cúmplices subtraíam bens materiais das residências, como joias e celulares, e frequentemente utilizavam os veículos das vítimas para garantir a fuga.

Histórico de Crimes Violentos

Sakaki tinha um histórico de crimes complexos, incluindo invasões de residências e roubos à mão armada. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado, além de sessenta dias-multa. A gravidade de seus crimes e o impacto psicológico nas vítimas o classificaram como um dos criminosos mais perigosos da região.

Entrevista com o Delegado



Em entrevista exclusiva, o corregedor da Polícia, delegado Ednaldo Souza, que foi responsável por uma das prisões de César Sakaki, detalhou a operação que levou à captura do criminoso. Segundo o delegado, a quadrilha de Sakaki era formada por indivíduos de alta periculosidade, como Rômulo, outro foragido conhecido por sua extrema violência. O delegado revelou que, durante as ações criminosas, os bandidos rendiam as vítimas e, quando havia mulheres, as obrigavam a tirar as roupas, sempre com a intenção de cometer abusos sexuais.

Veja os documentos extraídos de sites oficiais da Justiça do Pará com as denúncias que envolvem o então agente Juscelino Kubitschek na fuga de César Sakaki:






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