Cyberbullying: danos para a saúde mental podem ser profundos

Publicado em 27 de setembro de 2024

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o cyberbullying é o bullying realizado por meio das tecnologias digitais e pode ocorrer nas mídias sociais, plataformas de mensagens, plataformas de jogos e celulares. É o comportamento repetido, com o intuito de assustar, enfurecer ou envergonhar aqueles que são vítimas.

Exemplos incluem espalhar mentiras ou compartilhar fotos constrangedoras de alguém nas mídias sociais, enviar mensagens ou ameaças que humilham pelas plataformas de mensagens e se passar por outra pessoa e enviar mensagens maldosas aos outros em seu nome.

Para a médica psiquiatra e diretora da Associação Paraense de Psiquiatria, Daniele Boulhosa, o cyberbullying pode afetar profundamente a saúde mental dos adolescentes ocasionando diversos sintomas, como, por exemplo a baixa autoestima devido a humilhação nas redes sociais, ansiedade e depressão resultantes de pressões psicológicas e medo, problemas de sono pela preocupação constante e autoagressão devido ao sentimento de desamparo.

A especialista alerta os responsáveis sobre as manifestações que os adolescentes podem demonstrar em casa, sendo o momento de procurar ajuda médica assim que os primeiros impactos negativos começarem a se manifestar nos estudantes.

“Os sinais que também indicam a necessidade de intervenção são mudanças de humor drásticas e persistentes, como tristeza, raiva, irritação, diminuição da tolerância e isolamento social”.

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Outras manifestações incluem ainda queda do desempenho escolar e mudança dos hábitos alimentares. “Sintomas físicos sem explicação médica, como dores de cabeça, dores de estômago, pensamentos autodestrutivos, perda do interesse nas atividades diárias e nos hábitos prazerosos também podem ser vistos quando o adolescente está afetado com os efeitos do cyberbullying”, ressalta a psiquiatra Daniele Boulhosa. “São muitos sintomas importantes que devemos ficar atentos com os adolescentes nesta fase escolar e é essencial agir o quanto antes”.

PESQUISA

 O último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou dados preocupantes sobre o impacto do cyberbullying nos adolescentes do Brasil. Segundo a pesquisa, um em cada 10 adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido ou humilhado em redes sociais na internet. Quando se trata de meninas, esse percentual é ainda maior, alcançando 16,2%, enquanto entre os meninos é de 10,2%. Ao todo, foram entrevistados quase 188 mil estudantes, com idades entre 13 e 17 anos, em 4.361 escolas de 1.288 municípios de todo o país.


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