Veja dicas para os dois meses finais de preparação do Enem

Written by on 8 de setembro de 2024

Faltando apenas dois meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), agendado para os dias 3 e 10 de novembro, os candidatos estão na etapa final de sua preparação. Nesse momento, é comum que dúvidas apareçam sobre as melhores estratégias para potencializar os estudos.

Elmo Vidal, professor de filosofia e sociologia do Colégio Acrópole, que leciona há mais de 30 anos, compartilhou dicas para aqueles que buscam aprimorar seu rendimento nesse momento decisivo. De acordo com Elmo, é essencial adotar uma visão realista do tempo que ainda temos para os estudos.

Contudo, mesmo com esse período mais limitado, é possível concentrar-se em tópicos que se repetem em todas as edições do exame. “A área de humanas está sempre muito interligada à redação. Ao analisarmos os temas propostos, percebemos que geralmente possuem uma abordagem filosófica e sociológica, frequentemente envolvendo debates jurídicos. Eu costumo enfatizar com meus alunos aspectos de filosofia, sociologia, história e questões atuais, em conjunto com os elementos legais. E qual é o resultado disso? Tudo se conecta e se integra às competências e habilidades exigidas pelo Enem. Embora não seja errado direcionar a atenção para os conteúdos que mais aparecem, é mais adequado trabalhar diretamente as competências e habilidades exigidas”, destaca.

“Não é tão fácil apenas informar ao aluno que ele precisa estudar determinado conteúdo. É essencial que ele compreenda a importância de desenvolver habilidades e competências relacionadas a esses assuntos. Habilidade e competência são fundamentais para que ele consiga lidar com esses conteúdos de maneira eficaz”, acrescenta.

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Nesse período de preparação para o Enem, o educador sugere que os alunos se concentrem nas revisões. Elmo aconselha que os candidatos revisem seus simulados e redações anteriores e reflitam sobre os erros cometidos, para estarem mais atentos no momento da prova. Além disso, é fundamental rever as questões que apresentaram mais dificuldades, para evitar qualquer insegurança durante o exame.

Outro aspecto importante, de acordo com Elmo, é a participação em simulados presenciais. Ele destaca que o ambiente de prova pode provocar grande pressão, e recriar essas condições ajuda o aluno a se adaptar melhor. “Participar do simulado presencial permite que você vivencie as condições reais de uma prova, que são bastante distintas do conforto de resolver exercícios em casa”, ressalta.



Elmo disse que neste mês o colégio realizará uma grande aulão para os alunos. “No Acrópole, estamos programando um grande aulão para o meio do mês de setembro, voltado para as disciplinas de humanas contemporâneas. Em períodos próximos às provas, sempre preparamos nossos alunos nas mais diversas áreas. Na nossa seção de humanas, estaremos realizando uma atividade especial, um aulão destinado a todo o Ensino Médio, pois iniciamos a preparação dos alunos desde o primeiro ano do ensino médio”, explica.

AULÃO

“Assim, ao prepararmos os alunos para o Enem, neste grande aulão, não apenas neste evento, mas especialmente neste, abordaremos temas atuais, pois eles são fundamentais nas questões de redação também. Vou dar um exemplo: na Competência 5 da Habilidade 23, que trata de ética, moral e política, posso orientar o aluno a estudar a ética de Aristóteles, que costuma ser recorrente nas provas, assim como a ética de Kant”, afirma.

“Analisando as questões que já foram cobradas do Enem sobre a Habilidade 23, percebemos que 50% delas focam em ética e a outra metade em política. Isso ocorre porque há uma relação profunda entre política e ética que impacta a prosperidade da sociedade. Não há uma discussão política que não envolva alguma questão ética”, pontua.

O professor conta sobre os desafios para engajar os alunos em sala de aula. “Nossos estudantes, assim como os de diversas regiões do Brasil, estão imersos neste debate sobre redes sociais, raciocínio rápido e no consumo de informações já processadas, como acontece com o chatGPT. Portanto, desenvolver um olhar crítico se torna um grande desafio. Isso é especialmente relevante para os educadores, que precisam incentivar esse interesse”, enfatiza.

Durante a semana que antecede o Enem, o educador destaca a importância de gerenciar a ansiedade e garantir um bom estado físico e mental. “Na semana que antecede o Enem, estudar intensamente não traz resultados significativos. O mais indicado é realizar uma revisão mais tranquila e, na véspera, é crucial descansar adequadamente, ter uma alimentação balanceada e ir para a cama cedo. A prova é extensa e demanda resistência”, orienta Elmo.

Provas

No primeiro dia, 3 de novembro, os participantes farão a redação e as provas de Linguagens e de Ciências Humanas. Já no segundo dia, 10 de novembro, será a vez das provas de Ciências da Natureza e de Matemática.

Estudantes

João Lucas, de 17 anos, pretende realizar a prova apenas para avaliar suas capacidades para a prova do Ciaba. Mallu Bonny, com 18 anos, deseja ingressar no curso de psicologia, enquanto Heitor Garcia, de 17 anos, tentará uma vaga no curso de Medicina.

Os jovens estão prestes a enfrentar um desafio crucial na sua trajetória escolar: a seleção para o ensino superior.

“O objetivo de fazer a prova do Enem é avaliar minhas habilidades, pois pretendo me inscrever no Ciaba no próximo ano. Quando se trata de estudar, a minha prioridade é estar confortável. Por isso, estudo de pijama, na cama, e no horário que me é mais conveniente. Se eu sentir a necessidade de descansar, eu descanso. Essa abordagem tem funcionado bem para mim. A disciplina que mais me desafia é a física, enquanto história é a matéria que mais aprecio estudar”, comenta o aluno João Lucas.



Mallu Bonny compartilha que sua preparação está sendo bastante abrangente em termos de estudos. “Estou me dedicando ao máximo, fazendo diversos cursos, esclarecendo dúvidas e realizando provas para avaliar meu progresso e superar as dificuldades que enfrento, a fim de me sair bem no exame. Costumo usar bastante meu tablet para estudar, pois considero essa ferramenta extremamente útil; ela me proporciona a praticidade de não precisar carregar muito peso na mochila, além de facilitar a busca por informações a qualquer momento. Isso realmente contribui para o meu aprendizado. Tento dedicar de três a quatro horas diárias ao estudo. Eu gosto muito de estudar história e a que menos gosto é a física”, relata.



Heitor Garcia relata que está matriculado em um cursinho on-line e dedica no mínimo 4 horas diárias ao estudo. “Estabeleci uma rotina de quatro horas de aprendizado por dia. Com os retornos aqui da escola, o cursinho on-line se ajustou melhor à minha programação de estudos, permitindo que eu organize um cronograma de forma mais eficiente. Atualmente, a disciplina que mais aprecio é matemática, enquanto a que encontro mais dificuldade é física”, compartilha.




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