Moradores sofrem com lixo “esquecido” pela prefeitura de Ananindeua 

Written by on 16 de agosto de 2024

Desde meados de julho, os moradores da rua 10 de maio, no bairro do Una, que fica Ananindeua, quase no limite com Belém, sofrem com a falta de coleta seletiva de lixo. O resultado tem sido mau cheiro e transtornos com a situação. Nas esquinas, em frentes às residências, sacolas e mais sacolas de lixo estão à espera do recolhimento.

De acordo com o aposentado José Denildo, de 67 anos, não há mais possibilidade de sentar em frente à sua casa no fim da tarde devido ao forte odor que exala dos lixos domésticos na lixeira. Ainda segundo ele, à noite é preciso recolher o lixo de volta para dentro de casa para evitar que os cachorros espalhem os resíduos na rua.

“Aqui nós pagamos IPTU para Ananindeua. E aí a gente sofre com a falta do serviço de coleta seletiva, tem mais de 20 dias isso já. Se você for mexer nesse lixo, já está só larva… é um perigo para a nossa saúde também”, afirma o morador.

Assim como José Denildo, a auxiliar administrativa, Ivanete Braga, 51, também paga a ‘taxa do lixo’, tributo municipal referente à Ananindeua, cobrado junto com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

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Ela diz que na hora de almoçar não sabe se aprecia a refeição ou se concentra para desfocar do mau cheiro. Segundo a moradora, antes o serviço de coleta seletiva era realizado nos dias de segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Por conta do transtorno, a moradora também comenta que teve que lavar a frente da residência que já estava cheia de larvas.

“Estamos no escuro, a gente não sabe o motivo dessa falta de serviço. Mandei mensagem para o perfil do prefeito de Ananindeua no instagram e me responderam que era para entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saneamento e Infraestrutura. Com eles a única resposta é que estão entrando em contato com a empresa responsável pelo serviço para resolver o problema. Mas a gente quer mesmo uma resposta, saber o que está acontecendo”, afirma.

Morador há 11 anos da via, Paulo Henrique, de 36 anos, comenta que nunca havia vivido uma situação como essa. “Desde julho começou isso, não passa mais o carro do lixo. E só não está pior porque não está chovendo, porque essa rua aqui alaga com uma chuva forte, o que também representa risco de doenças. Não vamos entregar o lixo para carroceiros porque depois eles jogam em outro lugar e dá no mesmo problema”, destaca.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua, mas até o fechamento desta edição não teve retorno.


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