Brasil adota dose única para vacina contra HPV
Written by on 3 de abril de 2024
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que a vacina contra o HPV – abreviação em inglês para papilomavírus humano – será aplicada em dose única no Sistema Único de Saúde (SUS). O vírus é associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero.
“Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o câncer de colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, escreveu a ministra na segunda-feira, 01, em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.
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A recomendação da mudança é direcionada para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. O público restante, que também pode receber a vacina da rede pública, imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, continuarão com o esquema anterior, com duas ou três doses.
A ministra ainda pediu para que os estados façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina. Além disso, uma nota técnica do ministério incluiu um novo público pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR), de qualquer idade no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A doença é causada pelo vírus HPV.
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Atualmente, o público que pode se vacinar gratuitamente pelo SUS é composto por meninos e meninas de 9 a 14 anos; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos; e pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).
A decisão aconteceu após recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) feita em 2022. Na época, técnicos da organização concluíram que uma dose da vacina já oferecia a proteção necessária contra o vírus.
“Agora, temos mais vacinas para proteger nossa população contra os riscos causados por esse vírus. Usar apenas uma dose de vacina foi uma decisão baseada em estudos científicos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou a ministra.