Livro furtado do Museu Goeldi é recuperado em Londres
Written by on 22 de março de 2024
A Polícia Federal recuperou ontem (21) em Londres, no Reino Unido, uma obra literária do ano de 1658 que foi furtada do Museu Emílio Goeldi, em Belém, em 2008. A obra holandesa intitulada “De India utriusque re naturali et medica”, de Guilherme Piso, foi recuperada graças ao trabalho de cooperação policial internacional entre a Polícia Federal, por meio de sua adidância no Reino Unido, e a Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard), por intermédio de sua Unidade de Artes e Antiguidades.
Guilherme Piso foi um médico e naturalista holandês que participou de uma expedição no Brasil patrocinada pelo conde Maurício de Nassau. Ele foi autor de outros textos sobre a história natural brasileira, doenças que haviam naquele tempo e o uso de ervas medicinais pelos indígenas.
INVESTIGAÇÕES
As investigações relacionadas ao furto no Museu Emílio Goeldi tiveram início em 2008. Três servidores do museu foram denunciados por peculato culposo em 2011, em decorrência das investigações. A obra do século 17 foi furtada da biblioteca do museu junto com outras 40 obras raras que valiam cerca de R$ 2 milhões. Na época, a Interpol foi acionada para recuperar o acervo que foi comercializado pelo mundo.
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Em dezembro de 2023, a obra a “Reise in Chile und auf dem Amazonstrome” foi recuperada na Argentina, em ação de cooperação jurídica com o país vizinho.
A PF segue trabalhando para localização e repatriação das obras furtadas e para identificar a autoria do furto e eventuais responsáveis pela venda dos livros.
PATRIMÔNIO
Em nota divulgada, a Polícia Federal informou que “desempenha importante papel na salvaguarda do patrimônio cultural ao colaborar ativamente na localização e recuperação de obras de arte roubadas ou ilegalmente comercializadas”.
A PF disse ainda que “Utilizando diversas bases de dados sobre bens culturais, a PF atua na identificação e rastreamento de itens valiosos desviados, fomentando a cooperação entre as autoridades policiais em diferentes nações”.
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A nota encerra informando que “A repatriação das obras literárias representa um marco fundamental para o Brasil, demonstrando um compromisso renovado com a preservação do patrimônio cultural e estabelecendo um precedente essencial para a recuperação de elementos históricos”. (Com informações da Agência O Globo)