Museu do Estado do Pará recebe exposição indígenas

Written by on 13 de março de 2024

O Museu do Estado do Pará (MEP) recebe, a partir desta sexta-feira (15), a exposição “Bancos Indígenas do Brasil – Grafismos”. Com curadoria de Marisa Moreira Salles e Tomas Alvis e Danilo Garcia, a exposição reúne 142 peças de 40 etnias oriundas da Amazônia e do Território Indígena do Xingu. A abertura ocorre às 19h e contará com artistas da coleção e os curadores. A visitação segue até o dia 30 de julho, de terça a domingo, das 9h às 17h. A entrada é gratuita.

A exposição integra a Coleção BEI, que abrange mais de 1.300 peças esculpidas em madeira, sendo a maioria em formato de animais, que revelam a beleza das formas, cores e grafismos da arte indígena. A exposição itinerante é uma amostra do amplo acervo. Entre as etnias representadas estão a Aweti, Assurini do Xingu, Araweté, Kalapalo, Kawaiwete, Kayabi, Trumai, Wajãpi, Tukano, Ye’kwana e outras. Além dos bancos, a mostra inclui fotografias e vídeos de Rafael Costa.

Esta é a primeira vez que a exposição será apresentada no Pará. Tamyris Monteiro, diretora do MEP, destaca a conexão entre a exposição e o espaço gerido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), via Sistema Integrado de Museus e Memoriais. Ela observa que as peças dialogam com o acervo do Museu do Estado e amplificam o olhar acerca das técnicas, tradições e experimentações, e a compreensão dos seus múltiplos sentidos e usos para esses povos.

“A beleza das formas, cores, grafismos e texturas dos bancos indígenas encantam e encaixam-se perfeitamente nas linhas do Palácio Lauro Sodré (que abriga o MEP), proporcionando uma experiência de imersão em diversas culturas indígenas. A exposição é um momento propício para a população paraense expandir seu diálogo com a arte indígena e refletir sobre nossa própria identidade e conexão com esses povos ancestrais que co-habitam a Amazônia conosco”, diz Tamyris.

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Coleção – Os bancos indígenas estão entre a arte e o artefato, o objeto sagrado e a mercadoria, a tradição e a experimentação. Feitos em madeira, muitas vezes em formato de animais ou geométricos, decorados com grafismos ou coloridos com pigmentos diversos. Os bancos aliam funcionalidade e beleza; ao mesmo tempo que são reconhecidos como objetos de arte e design, preservam sua dimensão religiosa e simbólica.

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Dividida em duas partes, a primeira é dedicada à extensa produção da Terra Indígena do Xingu, localizada no Mato Grosso. A segunda parte reúne demais povos indígenas de várias partes da Amazônia, localizadas no Acre, Pará, Tocantins, Maranhão, Roraima, Amapá e Amazonas. A exposição conta ainda com um banco de uma etnia de Santa Catarina e com seis grandes imagens feitas pelo fotógrafo Rafael Costa, no Território Indígena do Xingu.

Serviço:

Exposição Bancos Indígenas do Brasil – Grafismos

Abertura: 15 de março de 2024 – 19h 

Local – Museu do Estado do Pará – Palácio Lauro Sodré, Praça D. Pedro II

Visitação:

15 de março a 30 de julho de 2024 – De terça-feira a domingo, das 9h às 17h

Entrada gratuita


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