Conjunto Satélite faz 50 anos sob protestos dos moradores

Publicado em 1 de março de 2024

O Conjunto Satélite, localizado no bairro do Coqueiro em Belém, comemora seus 50 anos desde sua estreia em 1974. No entanto, a data festiva é ofuscada pelas reclamações dos moradores sobre o acumulado de lixo no local e a ausência de coleta seletiva. As críticas direcionadas ao prefeito Edmilson Rodrigues, enquanto a população relembra a história e a importância desse empreendimento na área da avenida Augusto Montenegro.

História do Conjunto Satélite

A construção do Conjunto Satélite foi um marco de habitação social em Belém, iniciada em 1970 e concluída em 1984. Com uma área de 755 hectares, o projeto original previa a construção de 1.704 unidades habitacionais. O governador Alacid Nunes, que ocupou o cargo entre 1971 e 1975, esteve à frente desse empreendimento que visava fornecer moradia para servidores civis.

A ideia por trás do Conjunto Satélite era criar uma “cidade satélite”, inspirada nos exemplos de urbanismo de Brasília na época. O empreendimento foi dividido em quatro estágios, cada um com diferentes modelos de unidades habitacionais projetados de acordo com o status funcional do solicitante. A proposta era que o assentamento ficasse afastado o suficiente para funcionar como uma comunidade autossuficiente.

Um folder promocional da época destacou a influência das “cidades satélites” de Brasília como exemplo de bom urbanismo, mostrando o compromisso do governo em criar um ambiente habitacional adequado e funcional para os moradores.

Situação atual e reclamações:

No entanto, ao completar os seus 50 anos, o Conjunto Satélite enfrentou um problema que incomodava os seus residentes: o lixo acumulado. A ausência de coleta seletiva é uma das reclamações mais recorrentes. Os moradores apontam para a falta de manutenção adequada da limpeza urbana, o que resulta em montes de lixo em áreas comuns e vias públicas.

Essa situação levou muitos moradores a expressarem sua insatisfação, direcionando suas críticas ao prefeito Edmilson Rodrigues. Eles destacam que a falta de coleta seletiva não afeta apenas a estética do local, mas também traz preocupações ambientais e de saúde pública.

“Hoje, nos reunimos em um protesto pacífico para chamar a atenção da prefeitura de Belém para a situação crítica em que se encontra nosso conjunto. São 50 anos de existência e as dificuldades de saneamento básico, limpeza pública e o avanço de matos são problemas que enfrentamos diariamente.

É difícil imaginar que, em pleno século 21, ainda tenhamos que lidar com questões tão básicas e essenciais para a qualidade de vida de todos os moradores. O saneamento básico precário não afeta apenas a nossa saúde, mas também compromete o bem-estar de toda a comunidade.

As ruas sujas e cheias de entulhos são um reflexo do descaso das autoridades responsáveis ​​pela limpeza pública. Além disso, a rotina de matos em áreas que devem ser mantidas limpas e seguras coloca em risco a segurança dos moradores, especialmente das crianças que brincam nessas áreas.”, desabafa o morador Bruno Conto.  

 

 
  


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