Três bairros de Belém lideram número de casos de dengue
Written by on 7 de fevereiro de 2024
A capital paraense vivenciou no mês de janeiro uma alta de casos de dengue. De acordo com a Secretária Municipal de Saúde (Sesma), foram notificados 196 possíveis casos, sendo 65 confirmados, 63 descartados e 68 seguem em análise. Os bairros com maiores registros de casos da doença são Guamá (14), Cremação (6) e Coqueiro (4). As chuvas intensas neste período do ano seriam um dos motivos que contribuem para a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença.
A epidemiologista da Sesma, Sheila Prestes, disse que a gestão municipal está em alerta para o atual quadro de tendência de aumento de casos, e que ações de combate ao mosquito estão sendo intensificadas na capital e distritos. “O nosso alerta também está em outras arboviroses transmitidas pelo Aedes. Nossas ações estão intensas desde o dia 11 de janeiro, principalmente nos locais onde os índices são maiores”, afirma.
Outro fator que pode estar contribuindo para o aumento de infecções pelo vírus da dengue, é a falta de colaboração da população. “Nossos agentes de saúde estão na rua levando orientações e também, ajudando a identificar pontos de risco. Por isso, pedimos à população que colabore com esse serviço. Além disso, as pessoas devem também manter a limpeza e higienização de suas residências para evitar novos casos”, reforça Sheila Preste.
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Ainda de acordo com a epidemiologista, os números de casos confirmados em relação ao mesmo período do ano passado se mantém estável, e que por isso ainda não se configura cenário de estado de emergência ou de epidemia, como vem acontecendo em outros Estados brasileiros. “Mesmo que não estejamos em uma fase crítica como estamos acompanhando em outras cidades do país, não podemos relaxar nas medidas. O combate à dengue é um trabalho coletivo e que envolve não só o trabalho público, mas da população”, disse.
GUAMÁ
Listado pela secretária como um dos que mais somam casos de dengue, ainda é possível ver uma falta de cuidado no bairro do Guamá. Em alguns pontos, o lixo tem sido presente pelas ruas. Pedaços de madeira, carros abandonados, móveis e pneus, que são objetos que mais acumulam larvas do inseto, ainda são deixados pelos canteiros sem nenhuma preocupação. Mas em pelo menos uma área, as pessoas parecem estar mais conscientes.
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“Graças a Deus, aqui na comunidade do Riacho Doce, não ficamos sabendo de nenhum caso. A gente tem visto o aumento de pessoas doentes e muita gente tem feito sua parte. Os vizinhos daqui sempre colaboram com a limpeza e, até o momento, tem dado certo. A visita dos agentes de saúde também tem sido frequente, o que nos deixa mais tranquilos”, contou Marcelo Silva, 44, que mora há 33 anos no bairro. “Porém, os cuidados devem ser constantes mesmo”, completou.