Falas de Helder Barbalho no Roda Viva agradam setor mineral

Written by on 17 de novembro de 2023

Na última segunda-feira, 13 de novembro, o Governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), esteve no centro do Roda Viva, o mais tradicional programa de entrevistas do Brasil. Ao longo de quase duas horas, Helder respondeu às perguntas da bancada comandada pela jornalista Vera Magalhães. Entre as questões levantadas, estiveram pautas como o marco temporal, demarcação de terras indígenas, eleições de 2026, sustentabilidade, entre outros. 

Em pelo menos dois momentos, Helder foi perguntado sobre
mineração. No primeiro deles, respondendo a uma pergunta da jornalista Laís
Duarte, da TV Cultura de São Paulo, o Governador explicou como ser possível
minerar sem causar danos ambientais e combater o garimpo ilegal.

Na resposta, Helder classificou como “fundamental” o estabelecimento de regras de licenciamento e a exigência compensatória para autorizar uma atividade que é extrativa [referindo-se à mineração] e, por conseguinte, faz o manejo, faz a supressão da vegetação”. Na sequência, o Governador defendeu que os órgãos licenciadores possam colocar as condições para que a atividade possa ser sustentável a fim de que se mitiguem os impactos ambientais.

 

 

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Barbalho também fez a defesa de que “na atividade da
mineração nós tenhamos a rastreabilidade do produto oriundo dos minerais,
inclusive no caso da mineração, onde você possa fazer o lançamento do rastreio
da origem do minério, fazendo cruzamento da licença ambiental, fazendo o
cruzamento da autorização de exploração de lavra, fazendo o cruzamento da nota
fiscal porque, com isto, você vai afunilar e você vai permitir que só esteja na
atividade da mineração quem está legal”.

O posicionamento do Governador repercutiu positivamente na Casa da Mineração, no bairro de Nazaré, em Belém. Para o Presidente do Simineral, Anderson Baranov, Helder amplificou um discurso já trabalhado nas quase 15 associadas do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará, o Simineral.

“O Governador Helder mostrou um posicionamento do qual o setor mineral legal do Pará é signatário: respeito às leis, às pessoas e ao meio ambiente. Defendemos que a atividade só possa ser exercida por quem cumpre o regramento ambiental e a legislação em todos os aspectos, do tributário ao trabalhista, e acrescento: seria ótimo para atividade que exista um selo para rastrear a origem do minério. Isso vai asfixiar os produtores ilegais e vai beneficiar toda a cadeia que trabalha com seriedade e gera cerca de 300 mil empregos no estado”.

Há um ano, em novembro de 2022, o Instituto Brasileiro de
Mineração, o IBRAM, divulgou a emissão do primeiro selo, no Pará, para
certificação e rastreabilidade do ouro produzido pela empresa Serabi Gold,
mineradora com operações no Tapajós, listada nas bolsas de Londres e Toronto. O
chamado “selo amarelo” existe para  para
certificar a produção das mineradoras que irão refinar sua produção na unidade
de Belém. A North Star contratou para isso a Minery, uma startup brasileira,
sediada em São Paulo que desenvolveu o “Certimine”, uma certificação em
blockchain, que avalia condições operacionais, humanas, ambientais, de
segurança e de integridade.

Igualmente, a MRN também tem o selo da Aluminium Stewardship Initiative, o ASI Performance Standard. A certificação é a única iniciativa global de sustentabilidade voluntária abrangente para a cadeia de valor do alumínio, da qual a bauxita faz parte por ser a matéria-prima. O processo de auditoria independente foi realizado pelo organismo internacional de certificação BVC – Bureau Veritas Certification. O Padrão de Desempenho ASI estabelece 59 princípios para atender aos três fundamentos de sustentabilidade, que são: Meio Ambiente, Social e Governança.

TAXA MINERÁRIA

Em um segundo momento, desta vez respondendo a uma pergunta
da jornalista Malu Delgado, da Plataforma Samaúma, Helder contextualizou o
status da questão tributária no Pará no que se refere à mineração para explicar
projetos de Parcerias Público-Privadas entre o Governo do Estado e mineradoras
como a Vale e a Hydro na construção das Usinas da Paz.

“Ao longo do tempo, o estado do Pará assistiu retirarem o
minério do nosso subsolo (…) e mandarem para a exportação. Nós sequer
tínhamos a capacidade de ressarcimento porque com a lei Kandir, lá de 1996,
quando a pretexto de tornar o Brasil mais competitivo na exportação de suas
commodities, minério e agro, se desonerou a cadeia de primários e
semi-elaborados e o Pará foi o maior prejudicado do Brasil. O que eu fiz quando
eu cheguei no governo? Nós elevamos a taxa de mineração e passamos a cobrar
para que estas empresas que hoje lucram a partir das riquezas do subsolo
paraense, possam deixar algum patrimônio pro estado, possam deixar algum
benefício pro estado e isto tem sido feito através da reversão destes recursos
para obras estruturantes do estado”, explicou Helder.
 

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Um dos exemplos citados na entrevista foi o projeto das Usinas da Paz, complexos multi-culturais e esportivos, que apresentam serviços médicos e de cidadania para populações vulneráveis e que no ano de 2022 realizaram mais de 1 milhão e meio de beneficiamentos para a população, segundo o Governo. No Roda Viva, Helder lembrou das primeiras construções dos complexos no interior do estado.

“Eu já construí uma Usina da Paz em Canaã e uma Usina em Parauapebas inclusive são as duas cidades do interior que foram as primeiras a serem contempladas com a lei Kandir, lá de 1996, quando a pretexto de tornar o
Brasil mais competitivo na exportação de suas commodities, minério e agro, se
desonerou a cadeia de primários e semi-elaborados e o Pará foi o maior
prejudicado do Brasil. O que eu fiz quando eu cheguei no governo? Nós elevamos
a taxa de mineração e passamos a cobrar para que estas empresas que hoje lucram
a partir das riquezas do subsolo paraense, possam deixar algum patrimônio pro
estado, possam deixar algum benefício pro estado e isto tem sido feito através
da reversão destes recursos para obras estruturantes do estado”, explicou
Helder.

Um dos exemplos citados na entrevista foi o projeto das
Usinas da Paz, complexos multi-culturais e esportivos, que apresentam serviços
médicos e de cidadania para populações vulneráveis e que no ano de 2022
realizaram mais de 1 milhão e meio de beneficiamentos para a população, segundo
o Governo. No Roda Viva, Helder lembrou das primeiras construções dos complexos
no interior do estado. “Eu já construí uma Usina da Paz em Canaã e uma Usina em
Parauapebas inclusive são as duas cidades do interior que foram as primeiras a
serem contempladas com Usinas da Paz (…) Isto é o suficiente? Não, isto está
muito aquém”.

O Presidente do Simineral, Anderson Baranov, ressaltou a importância do projeto: “as Usinas da Paz levam cidadania e esperança para algumas das comunidades mais carentes do Pará e, por isso, desde o princípio, ainda no primeiro mandato do Governador Helder, nosso setor apoiou as Usinas da Paz, compromisso este que foi renovado neste segundo ciclo de governo, certos de que as Usinas contribuem para o desenvolvimento dos territórios e comunidades em que estão inseridas”.

MINERAÇÃO NO PARÁ

No ano de 2022, 84% das exportações paraenses foram de produtos minerais, totalizando mais de US$18,119 bilhões. Ferro, alumina calcinada, cobre, níquel e alumínio foram os produtos mais exportados. A atividade pode ter gerado até 328 mil empregos diretos e indiretos no Pará, no ano passado. Em 2022, o Pará foi o segundo estado brasileiro que mais arrecadou com os valores da CFEM: R$ 2,9 bilhões de reais.


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