Preparação para a COP 30 deve aumentar a geração de empregos
Written by on 18 de agosto de 2023
Com a realização dos eventos “Diálogos Amazônicos” e “Cúpula da Amazônia”, no início de agosto, foi iniciado o planejamento de uma programação que vai enfatizar o destaque do Pará nos cenários nacional e internacional: a 30ª Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas, COP 30, sediada em Belém no ano de 2025.
Com isso, há também expectativas para a melhoria de índices de outras áreas relacionadas à qualidade de vida da população, como a geração de empregos.
Veja também:
COP 30: como funciona e qual a importância da conferência
COP 30 acelera a jornada de Belém para sustentabilidade
O governador Helder Barbalho já determinou que a prioridade é recepcionar da melhor forma os visitantes que o Pará está recebendo desde já por conta da COP 30. “Estamos, junto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) fazendo um levantamento de quais profissões, quais atividades serão aquecidas por conta da Conferência.
Serão cerca de 70 mil visitantes, de fora do Brasil, inclusive, somente durante a programação em 2025, por um período de duas, três semanas. Isso significa muita movimentação na capital, e com aquecimento no setor de Serviços: bares e restaurantes, transportes, serviços de estética, serviços financeiros.
A Construção Civil também será um setor bastante atingido positivamente, já que haverá construções, reformas, ampliações”, antecipa o titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Inocencio Gasparim.
O turismo também é uma área que deverá receber muito incremento, com a formação de guias turísticos e treinamento de gerentes de pousadas e hotéis. “O Pará tem tido performance boa quando o assunto é geração de novos postos de trabalho. Só no ano passado, o Estado contratou cerca de 420 mil pessoas, e a tendência é crescer em 2024 e atingir o ápice em 2025. Nossa população que está em busca de emprego deve buscar qualificação já com foco em ocupar as vagas que estão surgindo e vão surgir, tanto com carteira assinada como na área do empreendedorismo”, ressalta Inocencio Gasparim. “A gente espera que isso ainda continue no pós-COP 30. Nossa expectativa é que passemos a receber grandes eventos, e assim movimentar a economia, o consumo”, informa o secretário.
O supervisor Técnico do Dieese/PA, Everson Costa, confirma que a perspectiva é de que até a realização da COP 30 sejam realizados diversos eventos correlatos, que vão gerar novos empregos formais. “A gente deve também ter muitos empregos na informalidade, ocupações no campo da mobilidade, na área de prestação de serviços. Haverá uma grande movimentação, principalmente na capital, nos setores de serviço, que demandarão muita qualificação, e da construção civil.
Nossa rede hoteleira será ampliada. A infraestrutura de mobilidade deverá ser ampliada e fortalecida, e ainda teremos um legado de equipamentos turísticos que servirão para atrair mais visitantes, seja para o turismo religioso, turismo de negócios e/ou turismo ecológico”, acrescenta o supervisor.
Segundo o titular da Setur, Eduardo Costa, o turismo é a grande indústria do século XXI, capaz de gerar emprego e renda, sendo responsável por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
O secretário afirma que a preparação para a COP-30 já começou. “Entre as obras planejadas para impulsionar ainda mais o turismo paraense, visando à COP-30, podemos citar a requalificação da Área de Proteção Ambiental (APA) do Combu, implantação do terminal turístico da Ilha do Combu, implantação de infraestrutura do Parque Turístico e Ambiental em Marituba, além de cursos de qualificação para atendimento ao público e implantação de infraestrutura e sinalização turística. São obras de equipamentos turísticos e capacitação, qualificação de mão de obra.
Não há dúvidas que o turismo é uma grande alternativa econômica, que desenvolve toda uma cadeia de serviços, como hospedagem, agências de viagens, restaurantes e uma série de atividades associadas. Vamos aproveitar a oportunidade da COP e fazer com que esse legado já sirva para que Belém seja, de forma efetiva, transformada em uma grande capital da Amazônia”, pontua.