Uepa comemora 30 anos de criação neste dia 18 de maio

No dia 18 de maio de 1993, há exatos 30 anos, entrava em vigor a lei de criação da Universidade do Estado do Pará (Uepa), sancionada pelo então governador do estado, Jader Barbalho (MDB), hoje senador da República. De lá para cá, a instituição cresceu para além dos cinco campi que possui em Belém, se capilarizando intensamente pelo interior em dezenas de municípios. A comemoração do Jubileu de Pérola será realizada em uma solenidade nesta quinta-feira, a partir das 18h, no Theatro da Paz, com uma programação de apresentações musicais diversas e homenagens.

De acordo com o reitor da instituição, Prof. Dr. Clay Chagas, que após ser eleito assumiu a Universidade junto com a vice, Profa. Ilma Pastana, em junho de 2021, não foi nada fácil administrar uma Instituição de Ensino Superior em meio a uma guerra negacionista contra a Ciência com uma pandemia em curso. Ao mesmo tempo, ele reconhece que as decisões certas e necessárias foram tomadas em prol do bem da maioria.

“Decidimos que iríamos contribuir com a agenda do governo, fazendo testagem de servidores públicos, aplicação de questionários em 122 municípios, chegamos a ter quatro postos de vacinação contra a Covid-19, produzimos face shields, álcool em gel. E em meio a isso, pensamos em aula, em como se adaptar ao modelo remoto e depois híbrido. Vejo que conseguimos mostrar à sociedade que a Uepa é Ensino, é Pesquisa e principalmente Extensão”, avalia.

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O reitor adianta que a Uepa em breve deve enviar ao Executivo estadual um projeto propondo a criação da Lei de Assistência Estudantil, para que o governador encaminhe o mesmo à Alepa. “Hoje 64% dos alunos da Uepa são oriundos da escola pública, um marco muito importante. O desafio agora é garantir a permanecia desses estudantes em função das dificuldades de eles arcarem com os custos básicos – alimentação, transporte, etc”, analisa.

O reitor faz questão de reforçar que realiza em força-tarefa com todos os membros da gestão universitária, os diversos avanços acumulados pela Universidade desde o início de sua gestão – dentre eles a implantação das cotas étnico-raciais para acesso ao Ensino Superior, a aprovação de leis estaduais ocorridas este ano que permitiram expansão do quadro de pessoal com contratação de novos servidores e progressão funcional de docentes, além da correção da tabela salarial dos técnicos.

“Essas são lutas de onze, de oito anos, e a gente agradece o diálogo constante com o governo estadual, com a Assembleia Legislativa, que não medem esforços para nos ajudar, receber nossas demandas. Existe uma sensibilidade, principalmente por parte do governador Helder Barbalho (MDB) que não havia antes. Até mesmo nos interiores, com as prefeituras em que a Uepa está presente ou com campus próprio ou lelo programa Forma Pará, nós estamos conseguindo estabelecer bons relacionamentos e parcerias”, relata Clay Chagas.

Para abrir a programação hoje (18), o Madrigal da Uepa fará uma apresentação e em seguida, os indígenas da etnia Assurini irão cantar o Hino Nacional. Na sequência haverá a outorga dos títulos de Doutora Honoris Causa à professora Zélia Amador de Deus, e de Professora Emérita à docente da Uepa, Ivanilde Apoluceno de Oliveira, ambos concedidos pelo Conselho Superior Universitário (Consun).

Também será realizada uma homenagem ao senador Jader Barbalho com a medalha Mérito Universitário, em reconhecimento ao fato dele haver sancionado, então como governador do Estado Pará, a lei de criação da Universidade. Nessa sessão de homenagens, será entregue ainda, a medalha de Mérito Funcional, ao servidor Rômulo Rodrigues, que está na Uepa desde a sua criação. A segunda parte da programação dará lugar a atrações musicais. As professoras da Uepa Eliana Cutrim e Vera Palácios farão uma apresentação de piano e para encerrar a noite de comemorações, a Amazônia Jazz Band fará um show para os convidados presentes.