CMA aprova a compra da Activision Blizzard pela Microsoft
Written by on 28 de março de 2023
A novela Activision Blizzard e Microsoft vs Sony parece estar caminhando para o seu fim. Pelo menos o CMA (Competition and Markets Authority), órgão regulador do Reino Unido que avalia a aquisição da desenvolvedora de jogos eletrônicos pela empresa transnacional, compartilhou um um relatório provisório no qual praticamente aprovou a compra, já que, segundo ela, a junção das empresas não irá prejudicar a competitividade nos consoles.
“O CMA atualizou suas conclusões provisórias e chegou à conclusão provisória de que, em geral, a transação não resultará em uma diminuição substancial da concorrência em relação aos jogos de console no Reino Unido”, disse.
O grande impasse se dá por conta da franquia de Call of Duty, que a Sony, concorrente do Xbox, diz que a Microsoft pode tirar os games do PlayStation ou entregar versões “bugadas”. Segundo o relatório apresentado, a CMA entende que a MS não pretende fazer isso com a concorrente e que a estratégia de levar os games para outras plataformas é válida
“A nova evidência mais significativa fornecida ao CMA refere-se aos incentivos financeiros da Microsoft para tornar os jogos da Activision, incluindo Call of Duty (CoD), exclusivos para seus próprios consoles. Embora a análise original do CMA indicasse que essa estratégia seria lucrativa na maioria dos cenários, novos dados (que fornecem uma melhor visão sobre o comportamento real de compra dos jogadores de CoD) indicam que essa estratégia seria significativamente deficitária em qualquer cenário plausível. Com base nisso, a análise atualizada agora mostra que não seria comercialmente benéfico para a Microsoft tornar o CoD exclusivo para o Xbox após o acordo, mas que a Microsoft ainda terá o incentivo para continuar a disponibilizar o jogo no PlayStation”, concluiu.
O relatório final dos estudos do CMA sobre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft está previsto para ser entregue até o dia 26 de abril de 2023. Entretanto, até lá, a Sony ainda pode questionar as decisões parciais, mas precisa de provas contundentes, o que ainda não apresentou.