“Fim do mundo” de The Last of Us é possível? Entenda o risco

Publicado em 13 de março de 2023

A série The Last of Us foi
finalizada no último domingo (12), com o último episódio que mostrou a
conclusão da saga de Joel e Ellie, personagens que passaram por uma longa jornada em um mundo pós-apocalíptico dominado por um fungo chamado Cordyceps.

Um fato curioso sobre a
série é que o fungo Cordyceps existe na vida real e age de maneira predatória
sobre os insetos. O fungo infecta esses animais e torna-os espécies de “insetos
zumbis”, que ficam sob o comando do Cordyceps, trabalhando pela reprodução de
novos fungos.

Diante de um fungo que existe
de verdade fica a dúvida: É possível que uma pandemia de Cordyceps aconteça na vida
real?

Segundo o cientista de
dados e epidemiologista Mauro
Cardoso, da Healthtech 3778, as mudanças climáticas e o
desmatamento podem facilitar o aparecimento de doenças novas. Para ele, o “aquecimento global pode tanto
desfavorecer uma espécie, criando dificuldades para sua sobrevivência, quanto
favorecê-la. Em geral, se uma espécie se encontra em um cenário favorável de
multiplicação, as mutações são mais comuns e o risco de variantes mais
virulentas (capazes de provocar doenças e mortes) aumenta”.

O Dr. Mauro também acredita que as novas doenças são, geralmente, versões adaptadas ao humano de doenças
já conhecidas em outros animais. Exemplos recentes são o Ebola
e a varíola dos Macacos.

Tanto na série da HBO quanto no jogo, a principal teoria é a de
que o Cordyceps se desenvolveu em alimentos básicos muito consumidos pelos
humanos, o que, juntamente com a facilidade de deslocamento que temos
atualmente, deixou a contaminação global ainda mais eficaz. Por diversos
motivos, a farinha virou um ambiente em que o fungo se proliferou – o que
também pode ocorrer na realidade, ainda que com outra espécie.

“Saúde e doença não são processos exclusivamente
individuais. A
humanidade é parte de uma rede ecológica e os desequilíbrios ambientais afetam
a transmissão de doenças, principalmente as infecciosas, criando padrões de
ondas chamadas epidêmicas. Do mesmo jeito que uma enfermidade é
uma moléstia individual, uma epidemia é um mal coletivo”, finaliza o
epidemiologista da 3778.


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