Caso Pietra: três vão a júri popular nesta segunda (6)

Publicado em 6 de fevereiro de 2023

O banco dos réus, do Tribunal do Júri, foi ocupado
por João Paulo Albuquerque Pena, Marlon Weverton das Neves Lima e Williams das
Neves Lima, nesta segunda feira (06), aqui em Belém.

Eles são acusados do assassinato brutal e ocultação do cadáver de Pietra de Almeida Matos Silva, em 2020, na época com 22 anos de
idade.

As investigações apontaram que a jovem foi morta
por decreto de uma facção criminosa.

Além de ter uma dívida alta com o tráfico de
drogas, Pietra seria integrante do grupo criminoso. A tentativa de deixar de
ser faccionada também teria disso um dos motivos do crime.

“Por conta, talvez de influência, a Pietra entrou
no mundo do crime. Ela tinha um relacionamento com o homem que era faccionado. Por
algum motivo, essa pessoa foi presa e a vítima tentou deixar de ser da temida
facção, mas por saber muito teve a morte decretada. É conhecido como arquivo
morto. Uma dívida com os criminosos também teria sido um dos motivos para a
morte”, explicou Dorivaldo Belém, assistente de acusação.

Pelo menos oito pessoas participaram de forma
direta da morte, entre eles estão três menores de 18 anos de idade. Quatro
pessoas são consideradas foragidas. Um desses seria o rapaz que teria um
relacionamento com a vítima e a traiu para o local onde foi sequestrada. Dois
menores já foram julgados pela vara da infância e estão cumprindo medida
socioeducativa.

Sobre os três homens que estão sendo julgados, o
advogado de defesa acredita na absolvição.

“Com tudo que apresentamos aqui estamos crentes que
eles serão absolvidos. Eles negam, não tem provas que coloquem eles na cena do
crime ou como autores”, disse Nelson Sampaio, advogado de defesa dos três réus.

Por outro lado, a acusação diz que o relato de
testemunhas e as inúmeras provas coletadas são suficientes para que todos sejam
condenados. 

“Trabalhamos aqui no plenário com provas. Provas
coletadas pela Polícia Civil durante as investigações. Temos depoimentos de
mais de seis testemunhas. Temos certeza que com o que estamos apresentados em
plenário o corpo de jurados vai entender”, finalizou Dorivaldo Belém.

O CRIME

Pietra de Almeida Matos Silva foi morta com mais de
20 facadas, no dia 8 de maio de 2020, em Outeiro, distrito de Belém. Antes
chegou ser torturada.

O corpo foi ocultado e somente uma semana depois
foi localizado, em uma área de mangue em estado avançado de decomposição.

Segundo as investigações, uma denúncia anônima
apontou onde estava o corpo.

As constantes idas da Polícia Militar na área que Pietra
foi vista pela última vez estaria atrapalhando a venda de drogas. 


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