Cássia Kis diz estar desempregada para reduzir indenização

Publicado em 30 de janeiro de 2023

Cássia Kis, 65, alegou estar desempregada para
pedir a redução de uma possível indenização em um processo por homofobia.

A ação civil pública, no valor de R$ 250 mil, é
movida pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT em resposta às falas de Kis em
uma transmissão ao vivo com a jornalista Leda Nagle.

De acordo com o colunista de Splash Lucas Pasin, a
Globo não renovará o contrato da atriz após o fim da novela
“Travessia”, prevista para terminar em maio.

Ninguém Kis! Travessia tem a pior audiência de novela das 9

O QUE MOTIVOU A AÇÃO?

Cássia Kis falou em “destruição da
família”. “Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com
mulher e homem com homem. […] O que está por trás disso? Destruir a família.
Destruir a vida humana? Porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher
com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, questionou.

A organização sem fins lucrativos afirma que
declarações têm “teor discriminatório e preconceituoso”. “Essas
falas claramente carregam teor discriminatório e preconceituoso aos casais
homoafetivos e a comunidade LGBTQIA+ ao questionar a validade da sua existência”,
diz a petição inicial.

O grupo pede retratação e indenização de R$ 250
mil. O Grupo Arco Íris pede uma “retratação pública em veículo de
comunicação de alcance nacional que deverá ser reproduzida nas mídias sociais
da ré” e “indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 250
mil para fins de promoção de políticas e programas direcionados ao
enfrentamento da discriminação e LGBTfobia no contexto artístico”.

O QUE DIZ A DEFESA DE CÁSSIA KIS

Advogado pede respeito à fé da atriz e alega
liberdade religiosa. A ré é católica, e a fé e a religião seguida por ela deve
ser respeitada, assim como a ré respeita os direitos da pessoa humana e os
direitos dos casais homoafetivos.”

Defesa diz que Cássia levantou “questão
fisiológica”. “Parece […] óbvio que [ela está colocando] uma
questão fisiológica, tendo em vista a impossibilidade de gerar filhos de uma
relação homoafetiva. A preocupação da ré é justamente no sentido de, se só
existirem famílias homoafetivas, como resolveríamos a questão da geração de
crianças? A questão levantada pela ré pode até ser considerada utópica, mas
nunca ofensiva, discriminatória, preconceituosa.”

Advogado pede rejeição da retratação pública e
extinção/redução da indenização, alegando que a atriz pode ir à falência.
“A condenação da ré nos valores apresentados pelo autor traria um prejuízo
incalculável na vida privada da atriz, levando-a à falência, impossibilitando
sua subsistência e o sustento da sua família.”

A ação ainda não foi julgada, portanto, Cássia Kis
ainda não foi condenada.

 


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