Assassino de Dezinho é condenado a 18 anos de prisão
Written by on 13 de dezembro de 2022
Crimes relacionados a conflitos agrários ou de interesses não são recentes na história do Brasil. Inúmeros casos em que diversas pessoas perdem a vida por denunciarem crimes ambientais, grilagem ou outras práticas criminosas se dinfundem todos os anos, muitos dos quais acabam ficando impunes.
No caso da morte do sindicalista José Dutra da Costa, mais conhecido como Dezinho, demorou, mas a justiça foi feita. Rogério dos Santos Dias, atualmente com 45 anos, foi condenado a 16 anos de reclusão pelo assassinato, ocorrido em Rondon do Pará, no sudeste do estado, em novembro de 2000.
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Ao todo, foram 22 anos de angústia e sensação de injustiça para Maria Joel Costa, mulher de Dezinho, que presenciou a execução do marido. Ela revela que, por oito anos, o sindicalista conviveu com ameaças de morte.
Em entrevista à repórter Sancha Luna, da RBATV, Maria Joel Costa expôs seu posicionamento sobre o julgamento. “Trazer aqui um dos intermediários da morte, 22 anos após meu marido ter sido assassinado, me traz esperança de que a justiça seja feita”, comenta.
Hoje em dia, a víuva, que também é sindicalista, é protegida pelo Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos do Estado do Pará.
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O Tribunal do Júri decidiu pela condenação de Rogério Dias horas após o acusado prestar depoimento. A deputada estadual Marinor Brito, representante da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), esteve no local e acompanhou a condução dos trabalhos.
ENTENDA O CASO
Em novembro de 2000, José Dutra da Costa foi assassinado com três tiros por ter denunciado grilagem de terras, desmatamento e uso de trabalho escravo na região de Rondon do Pará.
O acusado julgado e condenado nesta terça foi um dos intermediadores da execução. Mersmo negando participação no crime e sustentando a ideia de que não conhecia Dezinho, Rogério Dias teve participação no crime junto com o próprio irmão, o pistoleiro Wellington Jesus Silva, que tirou a vida do sindicalista.
Wellington, aliás, chegou a ser condenado a 29 anos de prisão em 2006, mas, desde então, estaria foragido da Justiça. Rogério foi capturado em julho de 2020, no estado de Minas Gerais.
Já o mandante do assassinato foi identificado como sendo o pecuarista Décio José Barroso Nunes, que, após julgamento ocorrido em 2019, foi condenado a 12 anos de prisão, mas segue em liberdade até que todos os recursos sejam esgotados.