Mais de 6 mil quelônios foram soltos no Rio Xingu no Pará
Written by on 29 de novembro de 2022
Cerca de 6,5 mil filhotes de quelônios foram soltos no rio Xingu entre os dias 26 e 27 de novembro, na Unidade de Conservação (UC) Refúgio de Vida Silvestre Tabuleiro (Revis) do Embaubal, no município de Senador José Porfírio, sudoeste paraense. O local é uma das principais áreas de reprodução das espécies Pitiú (Podocnemis sextuberculata), Tracajá (Podocnemis unifilis) e da Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa).
A iniciativa faz parte da 5ª edição do projeto “Tartarugas do Xingu, realizado em parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), por meio da Gerência da Região Administrativa do Xingu, com a empresa Norte Energia que há 11 anos promove o monitoramento dos quelônios na região.
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O Revis Tabuleiro do Embaubal é uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral com área de cerca 4 mil hectares, composta por 20 praias, considerado o maior berçário de tartarugas da Amazônia da América Latina. No período da desova, há registros de tartarugas que vêm da bacia do Marajó, Afuá e até da costa do Amapá, algumas espécies migram por mais de 700 km para desovar na (UC).
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Na região, a desova das espécies ocorre entre os meses de setembro e outubro. Desde então, técnicos da Gerência da Região Administrativa do Xingu do (GRX- Ideflor-Bio), em parceria com servidores da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretarias Municipais de Meio Ambiente de Vitória do Xingu e Senador José Porfírio, intensificam as ações de fiscalização nas praias da região, para evitar a caça predatória, coleta de ovos, e evitar também a ação de predadores naturais.
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A ação de fiscalização é intensificada durante o período de eclosão dos ovos, que ocorre entre 45 a 90 dias após a postura. Durante a eclosão a equipe de fiscalização realiza o manejo das covas para facilitar a saída dos filhotes, que são recolhidos para local seguro, e soltos posteriormente, depois da contagem e classificação quanto às espécies, são soltos em local seguro, com objetivo de diminuir a predação natural.
Segundo a presidente do ideflor-bio, Karla Bengtson, a ação integrada garante a sobrevivência de uma maior quantidade de indivíduos. Ela destacou ainda que o Instituto realiza ações de conscientização ambiental nas comunidades do entorno das Unidades de Conservação (UCs), reforçando que a preservação da biodiversidade é um compromisso de todos.
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Segundo o gerente da Região Administrativa do Xingu do (GRX), Rogério Ferreira, a ação de soltura de quelônios prossegue durante a quarta-feira (30/11) e 07 de dezembro, com ação educativa da Secretaria de Meio Ambiente de Vitória do Xingu, em parceria com o Ideflor-Bio. Cerca de 30 estudantes participarão da ação educativa. “A atividade extraclasse visa a conscientização dos estudantes sobre a responsabilidade de todos com à preservação do meio ambiente e seus recursos naturais”, disse o gerente Rogério Ferreira.
Para o engenheiro de pesca do Ideflor-Bio, Atilla Melo, que integra a equipe responsável pela inspeção dos locais de desova, o trabalho de monitoramento consiste na fiscalização diária, monitoramento da rotina de comportamento, acompanhar o nascimento, resgate dos animais durante o período noturno, e após a contagem, 20% são pesados e medidos. “Na região as espécies chegam a colocar cerca de 2 milhões ovos”, disse o engenheiro de pesca.