BRT Metropolitano: como serão os terminais de integração

Written by on 28 de novembro de 2022

As obras de requalificação dos onze primeiros quilômetros da BR-316, perímetro que compreende as três maiores cidades da Região Metropolitana de Belém, seguem dentro do cronograma estabelecido pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM). O serviço é para implantação do sistema BRT Metropolitano, que vai melhorar a mobilidade urbana na capital, Ananindeua e Marituba.

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O desvio, próximo ao Km 04, para a implantação de um sistema de drenagem segue sendo feito sem grandes transtornos à população. O local contam policiamento ostensivo e agentes de trânsito 24 horas por dia para garantir a maior segurança possível.

Também estão avançados os trabalhos de construção dos terminais de integração que irão compor o sistema BRT Metropolitano. No total, serão dois terminais, sendo um em Marituba e outro em Ananindeua. As estruturas terão espaços amplos, confortáveis, seguros, com passarelas, elevadores, estacionamento, lanchonete, bilheteria, além de abrigar uma unidade da Estação Cidadania que ofertará diversos serviços à população.

Quando estiverem em funcionamento, estes terminais serão utilizados por cerca de 370 mil pessoas diariamente. Eles serão os locais onde os chamados “ônibus alimentadores” – que atenderão aos bairros – irão deixar os passageiros para que eles, de forma integrada, possa pegar os “ônibus troncais”, com destino ao centro da capital e vice versa.

O objetivo do BRT Metropolitano é tornar as viagens mais rápidas e “desinchar” a malha viária com a redução do número de coletivos nos corredores da BR-316, avenida Almirante Barroso e centro de Belém. 

Terminais

O Terminal de Integração de Ananindeua será o maior deles, estando localizado no Km 7 da BR-316. O espaço possui quatro plataformas (blocos), sendo uma destinada ao prédio administrativo onde funcionará também a bilheteria, lanchonete, bicicletário e Estação Cidadania; a segunda e a terceira plataformas para atender aos ônibus alimentadores, e a quarta estrutura para receber os ônibus troncais, que levarão os passageiros até São Brás ou até o centro da capital.

 











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Este terminal receberá ônibus diretamente dos bairros da cidade de Ananindeua sem que eles precisem transitar pela BR-316, por meio de um viaduto que o interligará a Avenida Ananin Guajará – Cidade Nova e demais bairros. As obras do viaduto e da avenida Ananin fazem parte de mais uma frente de trabalho em execução pelo NGTM.   

Já o Terminal de Integração de Marituba, que fica no km 10 da BR-316, possui três plataformas, sendo uma do prédio administrativo, com a Estação Cidadania; outra para circulação dos ônibus alimentadores, que trarão passageiros de Marituba e também do município de Benevides e a terceira para a circulação dos ônibus troncais, que seguirão para Belém.    

Em ambos os terminais, as plataformas são ligadas por passarelas, com paredes de vidro, piso de concreto e já estão instaladas. Em todos os blocos há banheiros, rampas e elevadores para atender pessoas com necessidades especiais. 

As obras já estão em fase de acabamento nos terminais, faltando a construção do sistema viário interno dos terminais, cujo piso será o mesmo utilizado nas pistas do BRT, pois são mais resistentes e têm maior durabilidade -, e conclusão das instalações elétricas e hidráulicas. 

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Os ônibus vão circular nas pistas de concreto do canteiro central do BRT e, para entrar e sair dos terminais sem interromper o trânsito nas pistas da BR-316, estão sendo construídos quatro túneis exclusivos do BRT, chamados “Passagens Inferiores” (PI) – nome técnico da construção, sendo duas em cada terminal. 

Os terminais de integração também recebem obras de drenagem. No subsolo, está sendo colocada uma tubulação interligada, que transportará as águas pluviais de parte da BR, túneis e terminais até o seu lançamento, passando antes por uma filtragem. 

 











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Devido às profundidades da rede de drenagem em implantação, esta atividade se torna um processo complexo. “Primeiro são cravadas as estacas de contenção do terreno, devido às grandes profundidades da escavação. Depois das estacas cravadas, é feita a escavação entre as duas linhas de estaca. Quando atingimos a cota de fundo da vala, se faz a camada de areia para assentamento do tubo. Após o tubo assentado, reaterra-se a vala, por camadas”, explica o engenheiro Eduardo Ribeiro, diretor geral do NGTM. 

As escavações na área dos terminais chegam a mais de 6 metros de profundidade. “Esta parte da obra não será vista quando concluída, porém, é de fundamental importância para evitar alagamentos nos terminais e PIs”, afirma ainda o diretor. 


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