Festival Pan-Amazônico de Cinema exibe “Noites Alienígenas”

Começa nesta quinta-feira (10), a 8ª edição do Festival Pan-Amazônico de Cinema – AmazôniaFIDOC. Sediado em Belém, o festival conta com a exibição de longas e curtas-metragens que narram questões sobre a maior floresta tropical do mundo e com poética fílmica plural.

Na abertura, será exibido o filme “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho – produção do Acre grande vencedora do Festival de Cinema de Gramado, o mais importante evento de cinema do Brasil. A sessão inaugural do evento, que segue até o próximo dia 20, está marcada para as 18h30, no Cinema Líbero Luxardo, no Centur.

LEIA TAMBÉM:

Longa-metragem de diretora paraense será lançado em Cannes

Marvel reinventa ‘Pantera Negra’ com pretas no comando

Fazendo jus ao tema da edição deste ano – “O cinema de todas as Amazônias na luta pela floresta em pé” -, o AmazôniaFIDOC mantém o foco na produção audiovisual dos nove países que compõem a região, com uma extensa programação gratuita. Confira as datas e horários no site Festival.

O longa-metragem de ficção selecionado para a abertura do evento é baseado no livro de mesmo nome, escrito pelo diretor, que estará presente na sessão, assim como a produtora Karla Martins e o ator Adanilo Reis. Os três participarão de um bate-papo com o público. Será a primeira projeção da obra no Norte do país.

|

Texto Auxiliar:
Alinhamento Texto Auxiliar:
Link Externo:
Alinhar à esquerda:
Alinhar à direita:
Alinhar ao centro:
Fullscreen:
Fullscreen Exit:
Conteúdo Sensível:


  

Para o elenco, foram escalados o cantor Gabriel Knox, no papel principal; a acreana e ex-BBB e ex-No Limite Gleici Damasceno; o ator Chico Diaz; além de atores não profissionais amazônidas, incluindo indígenas. O roteiro é assinado pelo cineasta, em parceria com Camilo Cavalcante e Rodolfo Minari, o enredo apresenta a história de três amigos de infância, da periferia, que se reencontram em Rio Branco em um contexto trágico de chegada das facções criminosas do sudeste do Brasil para a Amazônia – fenômeno contemporâneo que assola comunidades em todo o país. 

“Escrevi o livro há mais de dez anos, quando toda essa questão nem existia no Norte. De lá pra cá, muitos jovens, sobretudo negros e indígenas, tiveram a vida ceifada pela mudança da rota do tráfico de drogas. É uma tragédia que está se aproximando das populações ribeirinhas, fazendo rota pelos territórios indígenas, cooptando a comunidade dos povos da floresta. Algo que tem transformado profundamente a realidade da Amazônia brasileira”, diz Sérgio de Carvalho. 

Em meio a mudanças sociais, há choques culturais e identitários, que também são descritos na obra. “‘Noites Alienígenas’ é um grande filme, com cenas absurdas e um elenco maravilhoso. É ver na tela grande uma Amazônia urbana, de subúrbios com de batalhas de rap e de indígenas aculturados que frequentam igrejas. Uma hdistória potente, real e bem amazônica. É o primeiro longa amazônico a vencer o Festival de Gramado e levar o Kikito de melhor longa-metragem. Isso é muito bom, fortalece a cena do setor audiovisual do norte do Brasil”, diz Zienhe Castro, diretora geral do Amazônia(Fi)DOC.

 

|

Texto Auxiliar:
Alinhamento Texto Auxiliar:
Link Externo:
Alinhar à esquerda:
Alinhar à direita:
Alinhar ao centro:
Fullscreen:
Fullscreen Exit:
Conteúdo Sensível:



 

PROGRAMAÇÃO MULTICULTURAL

Além do filme premiado, o Festival apresenta ainda uma programação multicultural – que valoriza a identidade amazônica. “O Instituto Cultural Vale se une ao Festival Pan-Amazônico de Cinema no propósito de  fomentar e visibilizar a intensa produção audiovisual dos nove países que compõem as Amazônias e, por meio da arte e da cultura, também informar e mobilizar para a importância da floresta em pé. É preciso conhecer a floresta, seus povos e tradições, para valorizar e preservar”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, patrocinador do festival.

Além disso, a programação inclui seis oficinas gratuitas, o lançamento do filme “Clã das Jibóias – A origem do jiu-jítsu no norte do Brasil”, do diretor Heraldo Daniel Moraes, e do livro “Cinema no Amazonas 1960 -1990”, de Gustavo Soranz. E ainda: o 1º Fórum de Cinema das Amazônias, com acadêmicos e realizadores de cinema; sessão especial para convidados  do filme “Eu, Nirvana”, do diretor paraense Roger Elarrat, com presença das atrizes Manuela du Monte e Carolina Oliveira e o preparador de elenco, Claudio Barros. 

 

|

Texto Auxiliar:
Alinhamento Texto Auxiliar:
Link Externo:
Alinhar à esquerda:
Alinhar à direita:
Alinhar ao centro:
Fullscreen:
Fullscreen Exit:
Conteúdo Sensível:


  

A diretora do Festival, Zienhe Castro, vai  fazer o lançamento oficial do média-metragem “Praiano”, co-dirigido por Cláudio Barros, e haverá também sessão especial do filme “Fausto Fawcett, na cabeça!”, do diretor Victor Lopes. A programação conta ainda com a “Ocupação Cinema da Amazônia”, na Fundação Cultural do Pará,  em parceria com o Circuito Jambu – Portal Jambu, que reunirá nos dias 19 e 20, shows de artistas paraenses como Sandra Dualibe, Fé no Batuque, Pisada Cabôca e MC Irá. O Cine Curumim, dedicado ao público infantil, contação de histórias, feirinha criativa e a instalação da residência artística Útero Amazônia completam o evento, que é multicultural. 

CONSCIÊNCIA NEGRA

No encerramento, no dia 20 deste mês, o Festival apresenta programação especial em alusão ao Dia da Consciência Negra, com a pré-estreia do curta-metragem “Não quero mais sentir medo”, do diretor André dos Santos – quilombola do Território Quilombola Boa Vista, em Oriximiná, oeste do Pará. Com 16 minutos, o filme realizado pela equipe da Lamparina Filmes apresenta Fernando Ferreira, quilombola em sua primeira experiência de atuação, no Território Quilombola Ramal do Piratuba, em Abaetetuba, nordeste paraense. A ancestralidade é o fio condutor para um garoto de 15 anos que recebe a difícil missão de reescrever a história do povo preto. 

MOSTRAS COMPETIVIVAS  

Este ano, o Festival terá quatro mostras competitivas. Serão exibidos 35 filmes do Brasil e de países pan-amazônicos nas duas mostras competitivas principais do Festival, com obras documentais e de ficção: a mostra Pan-Amazônica terá 8 longas e 12 curta-metragens, e a Mostra  Amazônia Legal, 7 longas e 8 curtas-metragens. E, de forma inédita, o Festival abriu espaço para a categoria de videoclipes, com uma mostra competitiva dedicada a este gênero, com obras de 14 artistas. Por fim, o Festival Curta Escolas, destinado a obras de estudantes de escolas públicas, chega a sua segunda edição e terá mostra de curtas-metragens. 

Os videoclipes serão exibidos na quinta-feira (10), a partir das 19h30, no Píer das 11 Janelas, durante a programação do Festival Se Rasgum. As mostras competitivas ocorrem de sexta (11) até dia 18, das 17h30 às 22h30, no Cinema Líbero Luxardo. Já a exibição do “Curta Escolas” será nos dias 14, 16 e 17, das 9h às 12h, no mesmo local. 

Serviço

Festival Pan-Amazônico de Cinema – Amazônia(Fi)DOC 2022

Quando?

De 10 a 20/11/2022

Onde?

No Cinema Líbero Luxardo – Fundação Cultural do Pará (Av. Gentil Bittencourt, 650 – Nazaré, Belém – PA)

Quanto?

Gratuito

Informações: www.amazoniadoc.com.br