Caso Yasmin: dono de lancha é preso em Ananindeua
Written by on 4 de novembro de 2022
Lucas Magalhães, dono da lancha em que a modelo Yasmin Macedo, de 21 anos, estava antes de morrer, em dezembro de 2021, foi preso na tarde desta quinta-feira (03), em Ananindeua e, posteriormente, foi levado para a Divisão de Homicídios, em Belém.
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Lucas já tinha uma ordem judicial de prisão em seu nome e, por isso, estava sendo monitorado pela polícia. Ele foi indiciado por homicídio doloso, por dolo eventual, fraude processual, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo.
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Segundo a Polícia Civil (PC) Lucas não sabia sobre a ordem de prisão. “Assim que a gente recebeu o mandado, foi cumprido imediatamente. O suspeito não conhecia a ordem, não estava fugindo da polícia. Ele teve ciência assim que foi abordado”, disse a PC.
O pai de Yasmin Macedo, Ricardo Macedo, esteve na Divisão de Homicídios e comentou a prisão. “A Justiça está sendo feita. Como eu sempre tenho dito, eu não quero botar ninguém na cadeia, eu só quero a Justiça. Esse rapaz que está aí, ele deve alguma coisa”, declarou ele.
Veja o momento em que Lucas chega a Divisão de Homicídios:
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O caso
A estudante Yasmin Macedo, que também era modelo e influenciadora digital, morreu durante um passeio de lancha pelo Furo do Maguari, em Belém. A família ainda convive com a angústia de não ter uma resposta sobre o que aconteceu, de fato, na noite daquele 12 de dezembro, quando a jovem desapareceu na água, sendo encontrada apenas no dia seguinte, por mergulhadores do Corpo de Bombeiros.
O dono da lancha, Lucas Magalhães, não tinha autorização para pilotar a embarcação, que na ocasião, estava superlotada. Em janeiro deste ano, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dele e uma pistola foi apreendida.
O laudo sobre a morte Yasmin Macedo foi concluído em agosto passado. As informações foram anexadas ao inquérito policial que somam quase 1.500 páginas. A reconstituição do fato ocorreu em abril deste ano e foi considerada uma das maiores já realizadas no Estado. Uma megaoperação envolveu cerca de 200 pessoas entre, agentes de segurança e atores.
A lancha onde Yasmin desapareceu foi usada na reprodução. Foi nesta embarcação que estavam outras 18 pessoas a maioria mulheres no dia do passeio que resultou na morte da jovem. No inquérito policial, três homens são considerados suspeitos após a policia descobrir que armas e tiros foram disparados na lancha no dia da morte da estudante.
AFOGAMENTO
O laudo cadavérico apontou a causa da morte de Yasmin por afogamento. O documento indica ainda que não foi encontrado ferimento por arma de fogo no corpo e o exame de alcoolemia atestou que a vítima ingeriu bebida alcoólica. Mas contradições foram identificadas pela polícia durante os depoimentos sobre o caso que corre em segredo de justiça.